quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Como mudar de acordes (guitarra)

Uma das dúvidas e dificuldades mais apresentadas pelos alunos de guitarra nos primeiros tempos, manifesta-se na transição e mudança de acordes. 
Movimentar os dedos e as posições correctas de forma ágil, fluente e rápida requer que determinadas lacunas e limitações técnicas não existam.
Desta forma, se está a começar a aprender guitarra clássica ou eléctrica, e mudar de acordes é o desafio do momento, sugerimos que leia e siga algumas das indicações que detalhamos.

Recomendamos vivamente que, se está a estabelecer o seu primeiro contacto com o instrumento, não comece a aprendizagem do mesmo por fazer acordes.
Acreditamos que, este método de aprendizagem ou ensino é incorrecto, contra-natura, e de futuro trará mais problemas e incorrecções técnicas, para além de frustrações, que facilidades e abertura de novos desafios.

John Williams
Tal como um ginasta na sua primeira aula não tenta logo fazer a espargata, ou realizar um salto mortal invertido, também um guitarrista deve promover e consolidar alguns movimentos de base antes de encetar esta tarefa.
Também os dedos da nossa mão só podem ser comandados pelos nervos e tendões que a constituem, e estes, adormecidos por tarefas comuns do quotidiano, precisam de ser treinados e reorientados para a execução de um instrumento musical.
É imperativo que, durante algumas semanas, ou meses, mediante a evolução que se for registando, se façam exercícios de motricidade fina, permitindo que cada dedo se movimente de forma independente e que a flexibilidade inter-digital aumente.
A mecanização do acto de tocar e a visualização do espaço e braço da guitarra, adquirem-se  lentamente e em processos e sessões de aulas e estudo que devem ser digeridas calma e progressivamente.

Deste modo, e centrando-nos no tema principal, e partindo do principio que as competências base estão assimiladas, e que as dificuldades iniciais estão suprimidas, julgamos que a seguinte rotina ajudará a tornar a mudança de acordes mais fácil.

1 - Memorize e visualize os acordes - Parece óbvio, mas se não tivermos presente para onde os nossos dedos se devem movimentar, o tempo que demoramos a chegar a um novo acorde é aumentado exponencialmente por este factor.
Estudar com partituras e diagramas é positivo, contudo, antecipar o que vamos executar é imprescindível para o nosso cérebro comandar de forma correcta e consciente os nossos dedos.

Steve Vai
2 - Pratique a mudança somente entre duas formas de cada vez - Tal como num livro, em que nos devemos dedicar a uma palavra de cada vez, para assim formar frases, e lermos, página após página o conteúdo total de uma obra, também é de bom tom isolarmos pequenos movimentos, em vez querermos absorver tudo de uma só vez.
Escolha dois acordes e, observando-se criticamente, experimente economizar o máximo de movimentos, mantendo os dedos o mais próximo possível do braço da guitarra.
Ao mesmo tempo, defina um tempo, uma pulsação que lhe seja fácil, e reduza progressivamente, dia após dia, ou sessão após sessão, até encontrar um andamento certo para a música que quer interpretar.

3 - Reduza a tensão - Verifique se a força e pressão que está a imprimir para pisar os trastes não é excessiva. Frequentemente, a velocidade e a facilidade de movimentos é inibida e limitada por se exagerar neste contacto entre a ponta dos dedos e as cordas.
Portanto, relaxe!

4 - Seja positivo e não desista. Apresente as suas dúvidas, partilhe o seu conhecimento e não tenha medo de errar e explorar diferentes caminhos.
As recompensas que obtemos por ultrapassar os pequenos obstáculos que um instrumento musical nos oferece são enormes e entregam-nos uma satisfação e realização pessoal sem preço. A persistência é a chave!

Se procura mais dicas e soluções para algumas das suas dificuldades, estamos disponíveis para o ajudar online. Pode navegar também pelos artigos do nosso blog e do facebook e visitar-nos em Coimbra, na Ladeira das Alpenduradas.

A Academia de Música da Scherzo está aberta de 2a a sábado para receber e ajudar todos os que quiserem desenvolver competências na música e adquirir melhores hábitos de prática e estudo instrumental.

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