São bem conhecidos os artigos e estudos das mais variadas instituições sobre os efeitos benéficos da música, quer como ouvinte, quer como praticante.
Referimo-nos não só à activação e desenvolvimento de neuro-transmissores, a uma melhoria de tarefas cognitivas, de raciocínio e lógica, como também à estabilização do metabolismo e bem estar emocional.
O neurologista Oliver Sacks, no documentário Alive Inside, que trata de como pacientes com Alzheimer e outras patologias de demência reagem positivamente quando ouvem as suas músicas favoritas no iPod, diz que a música consegue ter um impacto mais profundo no nosso cérebro do que qualquer outra experiência.
Baseado em diversos estudos científicos, que efeitos pode a música ter em nós?
CRIANÇAS PREMATURAS
Alguns bebés prematuros necessitam de cuidados continuados e intensivos na maternidade para poderem estabilizar o seu peso.
Para facilitar este processo, encontramos já alguns hospitais que adoptaram a música como forma terapêutica.
Uma equipe de investigadores canadianos descobriu que, recém nascidos expostos a música apresentavam menores níveis de dor e melhores hábitos alimentares.
Sabe-se ainda que, as funções fisiológicas, (batimentos cardíacos, tensão arterial, níveis de O2) e recuperação dos níveis de energia são melhoradas com o uso de musicoterapia nos cuidados neonatais.
LESÕES CEREBRAIS
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) as doenças neurológicas, da enxaqueca à demência, afectam 1 bilião de pessoas em todo o mundo, estando os números a aumentar em proporção, com o envelhecimento da população,
Do grupo que apresenta lesões cerebrais graves, uma percentagem considerável é deixada com graves limitações de motricidade e de fala, sendo que, como tratamento, alguns investigadores têm utilizado como recurso a música, de forma a estimular as áreas do cérebro que coordenam estas funções.
Quando proporcionada a oportunidade de andarem ou dançarem com um determinado ritmo, pacientes com lesões neurológicas podem readquirir simetria e balanço corporal.
Ainda crianças com autismo, quando submetidas a musicoterapia, apresentam evoluções marcadas na articulação de palavras ao vocalizar determinadas letras de canções em diferentes ritmos e tonalidades, encorajando ainda melhores interacções e competências sociais.
PERFORMANCE DESPORTIVA
Em 2005, num estudo da Brunel University, de Londres, previa-se que, a prática de uma actividade desportiva ouvindo música, elevaria o desempenho atlético até 20%.
Não tendo encontrado uma playlist definitiva, o Dr. Karageorghis, responsável pela investigação, afirma que, cada um, consoante o desporto e o ritmo exigido, deverá eleger as suas músicas.
DOENÇAS CARDÍACAS
Como tratamento e paliativo na recuperação e prevenção de ataques cardíacos, indíviduos submetidos a musicoterapia, notaram níveis mais baixos na medição da pressão arterial e redução dos níveis de ansiedade, promovendo assim, uma maior saúde cardiovascular.
ILITERACIA
Aprender música aumenta as competências e facilidade de leitura e aprendizagem.
Quem o diz são dois autores da Long Island University, dos Estados Unidos da América que, tendo dois grupos com características demográficas semelhantes, um aprendeu notação e teoria musical, e o outro não.
Ambos foram testados em nos níveis de literacia antes e depois do ano escolar, sendo que o primeiro grupo, apresentou um resultado médio muito superior.
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