sábado, 21 de setembro de 2013

Como motivar o seu filho para o estudo.


Frequentemente, o impulso inicial e a curiosidade da criança de aprender um instrumento, esmorecem após alguns meses.
Mesmo que a alegria de participar nas aulas, encontrar o professor, adquirir novos conhecimentos e tocar novas peças se mantenha, dissipa-se, não raras vezes, a motivação de estudar em casa, e dar continuidade ao trabalho desenvolvido na escola.

Um dos grandes desafios dos pais no percurso musical dos seus filhos, para além de escolher sabiamente um instrumento, eleger um espaço, os professores certos e o método mais apropriado para a sua formação, é fazê-los estudar com regularidade o que foi leccionado.

Dar continuidade em casa ao trabalho desenvolvido na sala de aula, é imperativo para o sucesso.

As dificuldades inciais inerentes à aprendizagem de qualquer instrumento musical, especialmente técnicas e de motricidade fina, aliadas à obrigatoriedade de estudar, frustram as crianças, desprendendo-as gradualmente da educação musical.

Ainda que apenas uma minoria venha a seguir uma carreira na área da música, e que somente uma pequeníssima fracção desses consiga ser um solista de orquestra ou um famoso artista de uma banda milionária, o conhecimento e contato directo com a música é uma competência e uma mais valia social e intelectual em relação a quem dela nunca pode usufruir.
Se por acaso o leitor é músico, quantas viagens dentro e fora do país realizou por tocar um instrumento? Quantas pessoas novas conheceu? Quantos contactos importantes estabeleceu por aparecer e estar presente? Quanto da sua personalidade moldou-se por se obrigar a subir a um palco e enfrentar um público, superar desafios e saber que há sempre alguém melhor que nós, e que o respeito próprio e pelos outros também se deve por beneficiar de uma das mais belas artes inventadas pelo Homem?

 
Para manter o ânimo e o gradual interesse na matéria e na vontade de descobrir, partilhar e superar os desafios constantes de um estudante de música, mais que obrigar a estudar um determinado número de dias, ou minutos por sessão, os pais agirão melhor se  incutirem e promoverem um ensaio orientado por objectivos.
Independentemente da simplicidade ou complexidade da peça a ser executada, os encarregados de educação poderão, por exemplo, dividir a música em seis ou sete partes iguais, divididas pelo número de sessões que desejam, ou que foram instruídos pelo professor a orientar.
Deste modo, pretende-se que o objectivo de cada bloco de estudo não seja cumprir 20 ou 30 minutos, mas sim concluir e executar sem falhas partes da música.


Dediquemo-nos a um exemplo em que é pedido a um aluno para ler, memorizar e interpretar 12 compassos de uma peça de piano. Em seis sessões de estudo disponíveis, o educando, em cada uma deverá dedicar-se a 2 compassos somente, terminando quando acções como a identificação correcta das notas, o uso certo dos dedos para cada tecla (digitação) e a execução repetitiva lhe permitir tocar de cor, sem recurso à partitura ou livro da disciplina. 

Ao transformar um enorme obstáculo em pequenas e facilmente transponíveis etapas, não só se cativará mais a criança, como esta aumentará a sua auto-estima, compreenderá melhor o uso da sua liberdade e responsabilidade, e aceitará cada desafio na música e na vida como elementos correntes da sua vivência.

Acima de tudo, na adesão à aprendizagem de um instrumento, é importante que os pais demonstrem interesse e valorizem cada pequeno esforço do filho, e expressem frequentemente sentimentos positivos em relação ao valor da música no processo de desenvolvimento.

Para conhecer melhor a metodologia e as diferente abordagens da Academia de Música da Scherzo contacte-nos e venha conhecer-nos na Ladeira das Alpenduradas em Coimbra.



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